Gestores do Iprev se reuniram com auditores da Secretaria da Fazenda na última quarta-feira, 28, para discutir algumas questões apontadas no relatório preliminar da Auditoria Operacional executada dentro da Autarquia, com foco nos processo de aposentadoria. O presidente Roberto Faustino considerou oportuno o encontro, visto que alguns pontos devem ser esclarecidos em relação às responsabilidades do Instituto, assim como muitas das sugestões de melhorias já estão contempladas nos projetos e ações que estão em curso.
Entre outras questões, teve destaque o número de servidores afastados que aguardam a conclusão do processo de aposentadoria a mais de 60 dias, conforme Lei Complementar 470/09. Diante de um número expressivo de casos levantados e a condição de representarem custo para o governo, Faustino solicitou o apoio da gerente interina de Inativos, Carolina Rezende, no esclarecimento da questão. Carolina procurou evidenciar que dos 1071 processos encontrados, boa parte encontra-se parado por outras questões, como a necessidade de readequação legal ou inconsistências provenientes das análises dos RH setoriais.
Outra questão confrontada pela equipe da Autarquia foi a possibilidade de transferência da gestão dos processos de aposentadorias para os setoriais de Recursos Humanos. A ideia provocou contraponto da equipe técnica, principalmente por constatarem que a maioria das causas de atrasos nas análises dos processos tem origem nesses setores. “Ao indicarem os setoriais como solução para eliminar os atrasos dos processos, pode gerar a impressão equivocada de que o Iprev seja responsável”, argumentou o servidor Rogério Soares Fernandes, que atua no setor de inativos.
A auditora Luciana Bernieri Pereira procurou esclarecer que o relatório de auditoria tem o único propósito de auxiliar o Iprev no aprimoramento de suas operações internas. E argumenta que hoje o Iprev concentra sua força de ação nas atividades de forma reativa, por isso, defende que a Autarquia precisa fortalecer sua compensação e sua estrutura de inteligência. “A ideia é de fortalecer o Instituto de Previdência como unidade central dos processos”, destaca.
Roberto Faustino reconhece que o relatório tem grande relevância na melhoria dos processos internos por meio da adoção de práticas nele propostas. Contudo, alertou os auditores sobre questões que já estão sendo enfrentadas desde o ano passado. Para isso, entregou à equipe da Fazenda um relatório de atividades relativo ao projeto de ampliação da compensação previdenciária que vem sendo desenvolvido. “Assumimos um quadro de estagnação da compensação e avançamos de forma significativa”, pondera.
O presidente do Iprev destacou que o projeto iniciado internamente tem o reconhecimento e o apoio do governo do estado. E revela que os entraves relativos à dificuldade de conexão com o TCE tiveram encaminhamento, assim como as dificuldades junto ao INSS serão tratadas diretamente pelo governador Eduardo Pinho Moreira, em reunião marcada com o comando em Brasília. E informou ainda sobre a recente reunião com o secretário da Administração, Milton Martini, quando anunciou amplo apoio ao Iprev na solução das demandas que dificultam as operações, propondo estudos sobre a possibilidade de reforçar a equipe, além da automação dos sistemas de controles e alterações legislativas.
Também participaram da reunião os auditores da Secretaria da Fazenda, Clarice Taffarel e Rodrigo Stigger Dutra, além do diretor de Administração do Iprev, Ademir Matos; o diretor de Previdência, Francisco de Camargo Filho; o gerente de Planejamento, Marco Mota; o gerente de TI, Eduardo Andrada; o servidor André das Neves; e os assessores da presidência, Amilcar Braga, Saulo Vidal, Márcia Gomes e Andrea Pinto.
Assessoria de comunicação do Iprev